terça-feira, 13 de março de 2012

Suicídio nos Animais

Suicídio nos AnimaisSuicídio nos Animais - Transição Planetária

Contava o Morning-Post, há dias, a estranha história de um cão que teria cometido suicídio. O animal pertencia a um Sr. Home, de Grinsbury, perto de Rochester. Parece que certas circunstâncias o tinham como suspeito de hidrofobia e que, por conseguinte, o evitavam e o mantinham afastado da casa o maior tempo possível. Ele parecia experimentar muito desgosto por ser assim tratado e, durante alguns dias notaram que estava de humor sombrio e magoado, mas sem mostrar ainda qualquer sintoma de raiva. Sexta-feira viram-no deixar o seu nicho e dirigir-se para a residência de um amigo íntimo de seu dono, em Upnor, onde recusaram acolhê-lo, o que lhe arrancou um grito lamentável.

“Depois de esperar algum tempo diante da casa, sem lhe darem entrada, decidiu partir e viram-no ir para o lado do rio, que passa perto de lá, descer a barranca com passo deliberado; depois, voltando-se soltou uma espécie de uivo de adeus, entrou no rio, mergulhou a cabeça na água e, por volta de um ou dois minutos, reapareceu à tona, sem vida.

“Este ato de suicídio extraordinário, segundo dizem, foi testemunhado por grande número de pessoas. O gênero de morte prova claramente que o animal não estava hidrófobo.

“Tal fato parece muito extraordinário. Sem dúvida encontrará incrédulos. Não obstante, diz o Droit que não lhe faltam precedentes.

A história nos conservou a lembrança de cães fiéis, que se deram a uma morte voluntária, para não sobreviverem ao seu dono. Montaigne cita dois exemplos, tirados da antigüidade: “Hyrcanus, o cão do rei Lysimachus, seu senhor morto, ficou obstinado sobre sua cama, sem querer beber nem comer, e no dia em que queimaram o corpo, correu e atirou-se ao fogo, onde foi queimado. Como foi também o cão de um tal Pyrrhus, porque não saiu de cima do leito do seu dono desde que este morreu; e quando o levaram, deixou-se levar e, finalmente, lançou-se na fogueira onde queimavam o corpo de seu dono”. (Essais, liv. II, cap. XII). Nós mesmos registramos, há alguns anos, o fim trágico de um cão que, tendo perdido a graça de seu dono, e não achando consolo, tinha se jogado do alto de uma passarela no canal Saint-Martin. O relato muito circunstanciado que então fizemos do caso jamais foi contraditado e não deu lugar a qualquer reclamação das partes interessadas”. (Petit Journal, 15/5/1866 - R. E. 1867)

Obs.: Não faltam exemplos de suicídio entre os animais. Como se disse acima, o cão que se deixa morrer de inanição pelo pesar de haver perdido o dono, realiza um verdadeiro suicídio. O escorpião, cercado por carvões acesos, vendo que não pode sair, mata-se. É uma analogia a mais a constatar entre o espírito do homem e o dos animais. A morte voluntária de um animal prova que ele tem consciência de sua existência e de sua individualidade; compreende o que é a vida e a morte, pois escolhe livremente entre uma e outra. Não é, pois, assim uma máquina, e não obedece, assim, exclusivamente a um instinto cego, como o supõem. O instinto impele a procura dos meios de conservação, e não de sua própria destruição.


REVISTA ESPIRITA JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS
COLETÂNEA FRANCESA PUBLICADA SOB A DIREÇÃO DE ALLAN KARDEC



Todo efeito tem uma causa.

Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.

O poder da causa inteligente está na razão da grandeza do efeito.


DÉCIMO ANO- 1867

http://www.paginaespirita.com.br/

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2 comentários:

  1. É muito triste pensar que existem tantos bichinhos sofredores no mundo, mas é muito bom saber q essa idéia de que animal não tem nenhum extímulo sentimental está sendo reformulada, com a ajuda da nossa doutrína espírita.
    Te amo muito meu amor.

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  2. Que Deus abençoe as pessoas que cuidam dos animais.

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